desde 2013
Autores: Greg Labrosse
Título: "Play, Urban Spaces and Children’s Capabilities: FA Pilot Study in the Neighbourhood of La Candelaria"
Año: Finalizado en 2015, publicado en 2016
Entidad: Master's degree in Development and Culture - Laboratorio de Investigación e Innovación en Cultura y Desarrollo. Cartagena: Universidad Tecnológica de Bolívar, Cartagena (Colombia)
For many children in the urban developing world, a number of economic and ociocultural factors impact negatively on the physical and social environment where they grow up. Looking closely at the way children cope with the changing urban landscape can stimulate new ways of understanding the relationship between the built environment and human development.
In order to address this issue, we decided to conduct a pilot study with 86 children aged between 8 and 13 years in La Candelaria (Cartagena, Colombia), a low-income neighbourhood with less than 3% of public space dedicated to recreation. Many of these recreation spaces were built for the Central American and Caribbean Games which were held in Cartagena in 2006.
The local government decided to improve access to the city’s main stadium by building a roadway along the Ciénaga de la Virgen – a body of wàter which receives a large portion of Cartagena’s domestic waste. La Candelaria was established in the 1950s as an informal settlement and currently has approximately 13,000 residents.
Our study was centred on the following questions related to the children’s play:
- What play affordances does the urban environment offer children?
- In what ways do children use and appropriate the spaces where they play?
- What perceptions do they have of these spaces?
These questions refer to the physical, cultural and psychological factors that affect
the quality of children’s play. The term affordances refers to the functional possibilities that children perceive in the environment as they interact with it.
Autores:
Mateus Humberto
Pesquisador. Programa MIT Portugal,
Instituto Superior Técnico
E-mail: mateushumberto@tecnico.ulisboa.pt
Bruna Pizzol
Pesquisadora. Laboratório de Geoprocessamento,
Escola Politécnica da USP
E-mail: bruna.pizzol@usp.br
Mariana Giannoti
Professora doutora. Laboratório de Geoprocessamento,
Escola Politécnica da USP
E-mail: mariana.giannotti@usp.br
Filipe Moura
Professor associado. Programa MIT Portugal,
Instituto Superior Técnico
E-mail: fmoura@tecnico.ulisboa.pt
Título: “O acesso das crianças às escolas em São Paulo. Avaliação quantitativa de creches e pré-escolas com foco na mobilidade a pé”
Entidade principal:
Instituto Superior Técnico (Universidade de Lisboa)
Escola Politécnica (Universidade de São Paulo , Brasil)
Nas últimas décadas, a mobilidade urbana tem adquirido um papel importante no fortalecimento da justiça social. No entanto, as mudanças nas políticas públicas que visam à equidade territorial têm encontrado oposição não apenas no setor público, mas também na sociedade civil (cidadãos, corporações e movimentos sociais), com atores importantes negligenciando os impactos do transporte nas mudanças climáticas, na saúde pública e na segregação socioespacial, entre outros.
Nesse sentido, órgãos públicos e organizações da sociedade civil têm identificado nas escolas um conjunto de fatores relevantes para fortalecer o direito à cidade, sobretudo por meio das mudanças nos hábitos de mobilidade de forma permanente. No âmbito dos
transportes, estas mudanças se referem principalmente às iniciativas de incentivo à mobilidade ativa que incluem a caminhada para destinos relevantes como as escolas.
Este estudo busca examinar os fatores que determinam os graus de acesso às creches e pré-escolas em São Paulo-SP por meio da mobilidade a pé. Para isso, são adotados os conceitos de “mobilidade potencial” e “mobilidade efetiva”, trazidas da abordagem das capacidades (capability approach) que busca “avaliar as conquistas e liberdades de uma pessoa em termos de sua habilidade real para exercer coisas que ela valoriza”:
– Mobilidade potencial: potencial para concretizar atividades relevantes por meio do movimento ou permanência no espaço público;
– Mobilidade efetiva: concretização efetiva de atividades relevantes por meio do movimento ou permanência no espaço público.
Autores:
Thiago Hérick de Sá (Faculdade de Saúde Pública – USP)
Leandro Fórbias Machado de Rezende(Faculdade de Medicina– USP)
Fabiana Maluf Rabacow (Departamento de Educação Física, Universidade para o Desenvolvimento do Estado e Região do Pantanal, Campo Grande)
Carlos Augusto Monteiro (Faculdade de Saúde Pública – USP)
Título: "Aumento no uso de transporte motorizado privado no deslocamento das crianças para a escola na Região Metropolitana de São Paulo, Brasil, 1997-2012”
Data: 2016
Entidade principal:
Núcleo de Pesquisas Epidemiológicas em Nutrição E Saúde. Faculdade de Saúde Pública – Universidade de São Paulo (São Paulo, Brasil)
A Região Metropolitana de São Paulo, Brasil, apresentou, entre 1997 e 2007, tendência de aumento do uso transporte motorizado privado nos deslocamentos de crianças para a escola, com potenciais prejuízos à saúde.
O objetivo deste estudo foi ampliar a análise de tal tendência para 2012 e discutir possíveis estratégias para aumentar a proporção de crianças que andam, pedalam e usam o transporte público.
A análise dos dados da Pesquisa de Mobilidade de 2012 indica não apenas a continuidade, mas a aceleração no aumento do uso transporte motorizado privado em deslocamentos de crianças entre 6 e 11 anos para a escola.
O efeito de iniciativas em andamento sobre essa tendência só será devidamente compreendido com o devido monitoramento dos deslocamentos cotidianos e a avaliação do impacto dessas ações sobre a saúde da população. Um pacote de políticas e programas voltados especificamente para a promoção e proteção da mobilidade a pé, de bicicleta ou por transporte público de crianças é imprescindível para garantir o deslocamento seguro, independente e ativo de crianças para a escola na Região Metropolitana de São Paulo.
[Também pode ser consultado o artigo (em inglês) "Changes in travel to school patterns among children and adolescents in the São Paulo Metropolitan Area, Brazil, 1997–2007"]
Autores:
Marieta Colucci Ribeiro (Trabalho Final de Graduação)
Orientador: Fábio Mariz Gonçalves
Título: "A Criança no Espaço Urbano: Caminhos Escolares"
Data: 2014
Entidade: Faculdade de Arquitetura e Urbanismo – Universidade de São Paulo FAU-USP (Brasil)
Nos últimos dias, quantas crianças você viu andando na rua, apropriando-se de uma cidade que deveria pertencer a elas?
Este trabalho propõe-se a pensar a reintrodução da criança no espaço urbano, através de caminhos escolares - tão simples como o próprio nome indica, trajetos que conectam casa e escola. Mas, muito mais do que isso, trata-se de um projeto que aborda questões como autonomia infantil, segurança e mobilidade.
A criança, como qualquer cidadão, tem o direito à cidade. Deve poder escolher e vivenciar suas próprias experiências desde cedo, ir e vir, seguir ou parar conforme algo lhe chame a atenção, e assim, ir conhecendo o mundo onde vive. Para isso, os bairros devem ser pensados como uma rede de equipamentos a ser utilizada por todos: este território é que deve ser, em si, educador. O aprendizado e os ambientes educativos não devem se deter a um edifício específico e fechado, mas sim coexistir no bairro todo. O domínio deste bairro, pela criança, significa o princípio de uma apropriação futura da cidade.
E é através dos caminhos escolares que toda a rede se conecta.
Autores:
Sandra Costa de Oliveira (Tese de Doutorado)
Orientadora: Marcia Faria Westphal
Título: "Promoção da Saúde, Mobilidade Sustentável e Cidadã: casos de escolares do município de São Paulo"
Data: 2018
Entidade: Faculdade de Saúde Pública da Universidade de São Paulo FSP/USP
A abordagem sobre Mobilidade Urbana se deu sobre um conceito mais sustentável que leve a mudanças de hábitos em relação ao uso racional do automóvel essenciais para a Promoção da Saúde. Propostas como deslocamento ativo (andar a pé, de bicicleta e outros) foram aqui discutidas.
Os congestionamentos causados pelo excesso de veículos nas ruas levam ao stress, a poluição do ar, a violência no trânsito e isso tudo acaba interferindo nos deslocamentos das pessoas e das crianças em idade escolar, nossa população de estudo.
Analisar as vivências de crianças na faixa etária de 11 a 14 anos, que frequentam o Ensino Fundamental no município de São Paulo sobre mobilidade casa/escola/casa e outras atividades considerando as desigualdades sociais existentes entre os territórios da cidade foi nosso objetivo geral. A Pesquisa foi qualitativa e quantitativa, de caráter exploratório.
A pesquisa incluiu no processo metodológico, a análise documental das Políticas de Mobilidade Urbana no âmbito Nacional, Estadual e Internacional e a aplicação de questionário, via tablet para os escolares além de entrevistas semi-estruturadas com questões abertas, com assinatura do Termo de Consentimento Livre e Esclarecido assinado pelos entrevistados técnicos (gestores) que trabalham nas áreas de Mobilidade Urbana, Planejamento Urbano, Transporte e Trânsito da cidade de São Paulo, após aprovação do Comitê de Ética.
A interpretação do material coletado seguiu os ensinamentos da "análise de conteúdo de Bardin".
Resultados obtidos mostraram que a maiorias das crianças se deslocam a pé para escola, apesar dos perigos encontrados no caminho, independente do índice de maior exclusão/menor exclusão. Algumas utilizam vans escolares da Prefeitura ou Particular, mas relataram que gostaria de fazer o trajeto a pé para conversar com os amigos. Algumas crianças disseram ter sofrido assédio por estranhos no caminho casa/escola/casa.
A Política de Mobilidade Urbana da cidade São Paulo pareceu frágil em alguns aspectos na opinião dos entrevistados que sugeriram algumas mudanças. Conclui-se que existe a necessidade de Políticas e Programas de Mobilidade Urbana para crianças em idade escolar, uma vez que a política atual não contempla essas ações diretamente. Parcerias com Governos (Federal, Estadual e Municipal) são necessárias para construção dessas políticas e implementação de modelos de gestão. A participação da população nesse processo é de grande importância.
Autores:
Bianca Breyer Cardoso (Tese de Maestria, Programa de Pós-Graduação em Planejamento Urbano e Regional)
Tutor: Eber Pires Marzulo
Título: “Por onde andam as crianças? da estrutura sócio-espacial às práticas cotidianas em Porto Alegre”
Data: 2012
Entidade: Universidade Federal do Rio Grande do Sul. Faculdade de Arquitetura (Porto Alegre, Brasil)
O tema deste estudo é a relação da criança com a cidade na sociedade contemporânea.
O problema de pesquisa se constitui a partir dos indicativos de que a fruição do espaço urbano, fundada na apropriação da rua como espaço de lazer, sofreria importantes transformações diante das inovações produtivas, tecnológicas e comunicacionais da sociedade.
A hipótese é que a alteração das práticas está associada às diferenças na estrutura sócio-espacial, não sendo homogênea. Assim, seu objetivo é caracterizar a experiência urbana das crianças, identificando as práticas cotidianas e os espaços vividos; além de evidenciar a relação entre as práticas e as características sócio-espaciais; bem como avaliar a extensão do fenômeno de esvaziamento da rua como espaço de lazer.
A investigação toma Porto Alegre como lócus de pesquisa, por se tratar de metrópole inserida no contexto da globalização.
A empiria adota como recorte etário a faixa de 7 a 14 anos, e se estrutura em duas etapas:
_a primeira consiste na análise da estrutura sócio-espacial do município, através de dados censitários que articulam o espaço social das famílias ao espaço físico dos bairros, da qual resulta a classificação dos bairros segundo Perfis do Espaço Social.
_A segunda etapa é a análise da inter-relação entre a estrutura sócio-espacial de Porto Alegre, em seus aspectos demográficos, locacionais e morfológicos, e as práticas cotidianas.
Como fontes de pesquisa, além dos dados censitários espacializados, estão os próprios habitantes, incorporados através de estudo piloto, realizado com estudantes do 8º ano do Ensino Fundamental.
A análise da estrutura sócio-espacial aponta que grande parte das crianças porto-alegrenses vive em bairros de baixa renda situados, predominantemente, na periferia da cidade.
A investigação das práticas cotidianas indica que a rua continua sendo apropriada para o lazer, embora prevaleça como espaço de circulação. O recolhimento ao espaço privado é verificado em todos os estratos e está vinculado, em alguns casos, à presença de condomínios fechados. Entre os estudantes, o envolvimento com o espaço público se dá em diferentes níveis, da utilização mais intensa, passando pelo equilíbrio na vivência público-privado, até chegar à experiência centrada no privado, que culmina na não-vivência do espaço público.
A experiência urbana se constitui, portanto, através de múltiplas vias, marcadas pelas diferenças sócio-espaciais que envolvem o cotidiano de cada habitante. Disto emerge a validade de tomar o recorte etário como critério de análise e definição de políticas urbanas, uma vez que permite a incorporação da dimensão humana e da escala cotidiana à prática do planejamento urbano.
Autores:
Regina Souza Cintra (Trabalho para conclusão de curso de pós graduação em Infância, Educação e Desenvolvimento Social)
Orientadora: Natacha Costa
Título: “Experiências na cidade como importante alicerce para o desenvolvimento infantil e formação de cidadãos”
Data: 2017
Entidade: Instituto Superior de Educação de São Paulo – Singularidades (São Paulo)
Ao longo de toda a pesquisa dois questionamentos centrais me guiaram: em que medida uma relação de cuidado e confiança com a cidade pode favorecer o desenvolvimento infantil? E como os adultos - sejam eles pais, educadores, cuidadores - podem colaborar para que o espaço público seja efetivamente considerado um lugar de todos e para todos e apreendido dessa forma pelas crianças?
Esse trabalho discorre sobre a importância de se criar e estimular uma relação amigável entre a criança e a cidade em que vive. E, a partir daí, destacar como o usufruto da cidade (pelo caminhar, transitar, sentir e cuidar) pode colaborar na formação dos “pequenos”, principalmente no que diz respeito à tolerância e respeito ao diferente, à sensação de pertencimento (e consequente cuidado), ao desenvolvimento de noções de cidadania e à vivência de experiências corporais e sensitivas [...]
Tentei, com essa pesquisa, dar concretude à sensações minhas, me apoiar em profissionais que pensam sobre a questão há bastante tempo, trazer exemplos reais e refletir sobre os diversos aspectos envolvidos. Felizmente cheguei ao lugar aonde achei que chegaria: a relação de pertencimento, apropriação e cuidado com a cidade favorece o desenvolvimento infantil na medida em que colabora sobremaneira para os primeiros contatos e incorporação de noções de cidadania e convida a todos – crianças principalmente – a experimentações, algo estruturante para quem está em formação.
Foto: João Mussolin
Imagens dos Parques Infantis de Mario de Andrade (1935 a 1938)
Fonte: Catálogo do Itaú Cultural - Ocupação / Parte das fotos publicadas foram originalmente usadas no álbum ‘Parques Infantis’, editado pelo Departamento de Cultura da cidade de São Paulo, em 1939. Acervo IEB – USP.
Autores:
Monique Santana Alves (Dissertação apresentada para obtenção do título de Especialista em Planejamento e Gestão de Cidades - PECE POLI)
Orientadora: Profa. Msc. Maria Teresa Diniz dos Santos Maziero
Título: “Cidades e crianças. O uso cotidiano do espaço público”
Data: 2017
Entidade: Escola Politécnica da Universidade de São Paulo - USP
O que se desejou investigar foram às mudanças nos usos dos espaços públicos nas últimas décadas que afetaram a autonomia das crianças nas cidades, assim como a visão de violência e a influência da mídia nos medos coletivos. Procurou-se entender os motivos que levam as crianças a deixar de brincar tradicionalmente e os malefícios a sua saúde. Considerou-se pesquisas nacionais e internacionais a fim de comparar os fatos que colaboram para que as crianças não desfrutem dos espaços públicos com qualidade.
Pretendeu-se examinar as principais leis que visam à criação de políticas públicas voltadas às crianças, desde a esfera mundial, aproximando-se ao estudo de caso da cidade de Guarulhos, na grande São Paulo.
Esta pesquisa apresenta sugestões, possíveis de serem aplicadas em qualquer cidade brasileira, para que elas sejam mais adequadas ao desenvolvimento integral de suas crianças.
Foto: Marcelo Cruz
Autores:
Guega Rocha Carvalho (*Trabalho de Graduação)
Co-autores: Juliana Flahr e Mateus Loschi
Colaboradores: Joana Andrade e Felipe Amaral
Orientadores: Ana Carolina Tonetti e Martin Corullon
Título: "Os espaços livres da cidade e a liberdade das crianças"
Data: 2017
Entidade:
Associação Escola da Cidade – Faculdade de Arquitetura e Urbanismo (AEC)
“Uma cidade que negligencia a presença da criança é um lugar pobre.
Seu movimento será incompleto e opressivo.
A criança não pode redescobrir a cidade a não ser que a cidade redescubra a criança.”
* ALDO VAN EYCK, 1962
Nas grandes metrópoles, como São Paulo, a grande maioria das crianças vive aprisionada nos muros de suas casas, escolas e centros de lazer. O seu caminhar e permanência em espaços livres da cidade é muito limitada. Isso é maléfico para a saúde física e social das crianças e para a cidade, pois uma cidade adequada para a criança é mais saudável, amigável, divertida e democrática, ou seja, é melhor para todos.
A temática da ausência da criança na cidade contemporânea, e a busca por soluções que permitissem sua mobilidade com mais autonomia e diversão no caminho entre praças e escolas, norteou um estudo com cerca de 130 crianças, de 7 a 12 anos, de diferentes classes sociais moradoras do distrito da Consolação, na cidade de São Paulo.
Entre outros aprendizados, os desenhos das crianças idealizando o caminho entre a escola e a praça revelaram que crianças que estudam em escola pública, tem uma visão e relação muito diferente com a cidade do que as crianças que estudam em escola privada.
As primeiras, que geralmente andam mais a pé, usam o transporte coletivo e frequentam mais as praças, desenham um caminho muito mais relacionado com a realidade da cidade, com toda sua beleza e conflitos.
Já aquelas que vivem muito mais “protegidas” e alheias à rotina da metrópole, ilustram um caminho associado à fantasia dos contos de fadas, desenhos animados e jogos de videogame. Por outro lado, fica claro que os espaços públicos são a única possibilidade de encontro dessas crianças, tanto do ponto de vista físico como da convergência de sonhos, pois é neles que todas as crianças do grupo se enxergam brincando com a tão almejada liberdade completa.
(*) Tradução livre da autora de “A city which overlooks the child’s presence is a poor place. Its movement will be incomplete and oppressive. The child cannot rediscover the city unless the city rediscovers the child”.
Autores:
Renata Sieiro Fernandes e Marco Antonio Farias Scarassatti
Título:
"A criança e o viver urbano campineiro: um trabalho inicial de fruir e reconhecer (se) (n)a cidade"
Data:
2003-09
Universidade: UNICAMP
O trabalho desenvolvido envolveu o tema das cidades e foi realizado com crianças de 9-10 anos, de uma escola particular da cidade de Campinas-SP. O trabalho começou a partir dos conhecimentos iniciais que as crianças tinham ou imaginavam sobre as cidades e o meio urbano e completou-se com uma experiência de fruição e de reconhecimento da cidade através de andanças por ruas e pontos de contato e convívio social campineiros.
Ao lado disso, atentar para a paisagem sonora e capturar imagens e sons para a construção de uma intervenção artística no espaço da escola.
O objetivo foi apresentar a idéia de que toda cidade é potencialmente educadora, compreendida como espaço de educação não-formal e que as crianças e os jovens podem ser indicadores desse contexto, assim como atores que vêm, ouvem, agem e intervêm no espaço urbano procurando deixar marcas de suas impressões ou reelaborando os vestígios do urbano por suas memórias. Para tanto, o exercício de andar e pensar sobre a cidade e na cidade são fundamentais e a etnografia urbana apresenta-se como uma metodologia adequada para se conhecer esse repertório.
Os modos de ver, ouvir e sentir a cidade e as ações e intervenções de diferentes públicos mostram que eles reconstroem esse espaço público através de suas memórias e de invenções e que esse espaço abre-se como potencialmente educativo para além das instituições convencionais de educar.